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O que é a Mobilidade Urbana Sustentável e como está o Brasil?

A mobilidade urbana sustentável é uma das formas de diminuir o impacto dos seres humanos sobre o meio ambiente, mas, muito mais do que isso, também é uma forma de melhorar todos os processos de transporte público na cidade.

Isso porque, além de diminuir a emissão de gases poluentes, a implementação de medidas de mobilidade urbana sustentável ajuda a diminuir questões como congestionamentos e melhorar o fluxo de pessoas e cargas no ambiente urbano.

Entenda mais sobre o conceito de mobilidade urbana sustentável, como ele funciona, exemplos ao redor do mundo e mais no texto a seguir! Boa leitura!

No que consiste a mobilidade urbana sustentável?

A mobilidade urbana sustentável é a implementação de sistemas de transporte urbano que priorizam métodos de mobilidade que tenham nenhum ou pouco impacto sobre o meio ambiente e que priorizam o transporte coletivo e uso de veículos limpos.

Ou seja, nesse sentido, a mobilidade urbana sustentável busca a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e VLTs, juntamente com calçadas mais confortáveis, niveladas e o aumento do número de ciclovias.

A ideia é que as cidades criem uma infraestrutura para meios de locomoção alternativos, de maneira que eles sejam mais acessíveis e vantajosos do que os carros movidos à combustíveis fósseis, que têm um grande impacto ambiental.

A necessidade de se desenvolver uma mobilidade urbana sustentável não é nova. Na verdade, muitos países já implementam essas ideias há muitos anos e os resultados mostram não só uma diminuição no impacto ambiental, como uma melhora no trânsito das cidades.

Isso porque, ao apostar em transportes coletivos, você não só diminui a emissão de gases poluentes, como melhora os processos de locomoção como um todo, ajudando a diminuir o trânsito nas cidades.

A lógica é simples: quanto menos carros estiverem circulando e quanto mais as pessoas utilizarem o transporte público, menos a cidade sofrerá com o trânsito.

Principais desafios para a sua implementação

Agora que você já sabe o que é a mobilidade urbana sustentável e como está o seu processo de implementação no Brasil, veja quais são os principais desafios para implementação dessas mudanças nas cidades brasileiras:

Grandes mudanças de infraestrutura

Um dos grandes desafios de se implementar uma mobilidade urbana sustentável são as necessidades de investimento e mudanças grandes na infraestrutura.

Hoje, no Brasil, a maior parte das cidades utiliza o planejamento urbano para priorizar a construção de vias para locomoção automotiva.

Investir em asfalto para ruas não é errado do ponto de vista sustentável, entretanto, é para a implementação da mobilidade urbana sustentável, é preciso que se invista também em ciclovias, calçadas mais acessíveis e outras facilidades para mobilidade urbana.

Isso porque, como vimos, o objetivo é tirar as pessoas de dentro dos seus carros e fazer com que seja mais vantajoso utilizar o transporte público.

Por isso, é muito importante que projetos mais robustos, como a abertura de túneis para linhas de metrô, construção de trilhos para veículos como o VLT e outros sistemas de transporte.

Investir nesse tipo de transporte alternativo também é muito bom para o país como um todo, pois exigem muitos estudos de engenharia, tecnologia e outros investimentos para transformar essas obras em realidade.

Ou seja, ao investir em mobilidade urbana sustentável, o poder público investe tanto na preservação do meio ambiente, como em iniciativas tecnológicas e científicas de inovação.

Questões legais

Outro desafio enorme na implementação da mobilidade urbana sustentável são as questões legais ou de natureza jurídica.

Como sabemos, o poder público em todo o mundo enfrenta uma dificuldade burocrática normal quando surgem novos projetos ou implementações.

Ou seja, novas obras vão exigir a edição de novas leis, processos licitatórios e outras questões  legais para a formulação dessas soluções.

Desafio político

Além dos desafios legais e de infraestrutura, ainda há os desafios políticos envolvidos na implementação de uma mobilidade urbana sustentável.

Isso porque o plano de reestruturação das vias públicas para uma mudança mais profunda e significativa pede que as autoridades políticas compreendam melhor as noções de sustentabilidade e tenham mais abertura para discutir essas questões.

Para isso, a mobilização social é essencial, pois só assim essas pautas conseguem entrar nas casas legislativas ao redor do país e do mundo.

Barreira cultural

Por fim, há a barreira cultural. Enquanto uma parte da população pode ficar feliz e ansiosa para receber uma estação de metrô em seu bairro, há outras pessoas (e outros bairros) que se opõe fortemente à realização de uma obra como essa.

Os motivos são os mais variados, desde o descrédito às mudanças climáticas até questões mais práticas mesmo, como um possível aumento no fluxo de pessoas para uma determinada região que antes era mais residencial.

Em todo o caso, o caminho mais correto a ser percorrido é o do diálogo. Através do diálogo é possível resolver essas questões e chegar a soluções que implementam a mobilidade urbana sustentável sem gerar grandes frustrações em parcelas da sociedade civil. 

3 ótimos exemplos de mobilidade urbana sustentável

Agora que você já conhece quais os principais desafios na implementação de uma mobilidade urbana sustentável, que tal dar uma olhada em 3 ótimos exemplos? Confira:

Ciclovias (Dinamarca)

Dentre os países da Europa famosos por conta do uso massivo de bicicletas no dia a dia, o principal deles com toda certeza é a Dinamarca.

Isso fica claro ao olharmos o site oficial do país, que apresenta a frase “The bike is a Dane’s best friend” ou, em tradução livre, “a bicicleta é a melhor amiga do dinamarquês”.

Ou seja, na Dinamarca, a bicicleta não é só um simples meio de transporte, mas sim uma parte da cultura e do patrimônio nacional.

Estima-se que, no país, cerca de 9 a cada 10 pessoas tenham uma dentro de casa, percorrendo, em média, 1,6 km por dia pedalando.

Isso aconteceu pois, desde a crise do petróleo, em 1970, o governo dinamrquês trabalha para colocar bicicletas como o principal meio de transporte do país.

O objetivo é que, até 2025, iniciativas como essa ajudem a reduzir as emissões de gás pelos garros a zero.

Cinturão Urbano (Cingapura)

Na década de 70, Cingapura quase chegou ao limite dos problemas de mobilidade urbana, com congestionamentos gigantescos e muita emissão de poluentes.

Por isso, em 1975, o país criou o pedágio urbano, que hoje evoluiu para um sistema totalmente digital e foi um exemplo para cidades como Londres e Estocolmo.

Só no seu primeiro ano de funcionamento, o projeto já conseguiu reduzir o trânsito nas cidades em 45%. Hoje, 65% dos moradores utilizam transporte público.

O sistema do cinturão urbano consiste em estabelecer uma taxa para que os motoristas acessem determinadas áreas da cidade em dias e horários definidos pelo governo.

Em Estocolmo, por exemplo, o valor varia de acordo com a zona da cidade e com o horário em que o motorista pretende dirigir por ela.

Já em Londres, a área delimitada é única, o centro da cidade, e o valor cobrado funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 18h.

Por mais incômodo que pareça para alguns, a ideia do cinturão urbano é desestimular a população a andar de carro e fazer com que ela procure formas alternativas para se locomover, como o transporte público ou o uso de bicicletas.

Mass Transit Railway (China)

A cidade de Hong Kong, na China, é tomada pela ideia de mobilidade urbana sustentável. Para que você tenha uma ideia da proporção a que isso chegou lá, saiba que menos de um quarto da população do local possui um carro próprio.

Isso porque as soluções de metrô atendem cerca de 12,6 milhões de pessoas diariamente, consolidando-se como um dos sistemas de acesso mais bem organizados e funcionais do mundo.

A tecnologia por trás dessa acessibilidade está no sistema denominado Mass Transit Railway, ou “Transporte Ferroviário de Massa”, em tradução livre.

Funciona assim: os trens são super-rápidos e servem às áreas mais urbanizadas e movimentadas da cidade, o que faz com que o MTR seja especialmente funcional nos horários de pico, já que a linha conta com mais de 150 estações ao longo de toda a cidade.

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O que podemos esperar para o futuro?

É difícil prever como estará a questão da mobilidade urbana sustentável no futuro, pois, como vimos, ainda existem diversos desafios para a sua implementação.

Entretanto, podemos prever com certeza que problemas ambientais, congestionamentos maiores, altos custos com fontes de energias combustíveis e outros problemas similares vão continuar aumentando se não fizermos nada.

A medida que esses problemas vão aumentando, eles também impulsionam a gestão de cidades a buscar meios cada vez mais sustentável.

Por isso, espera-se que, em um curto espaço de tempo, um esforço conjunto contribua para que essa prática domine de forma progressiva o sistema de transporte urbano.

Seja a adoção de carros elétricos e autônomos, transportes coletivos menos poluentes e mais econômicos, infraestrutura de ciclovias e calçadas e outras medidas, todas elas podem acelerar a adesão da população.

E, nesse sentido, o aspecto econômico é um dos principais fatores de transição do modelo tradicional para essa infraestrutura mais sustentável.

É claro, o aumento populacional também contribui para a criação de medidas, mas o poder econômico é o que será responsável por implementar essas mudanças.

Isso porque, para os gestores de negócios, será possível economizar mais em custos de transporte e oferecer mais qualidade de vida para os seus funcionários ao incentivar métodos de locomoção mais práticos e inteligentes.

O conceito de mobilidade urbana sustentável facilita a compreensão dos gestores em relação às melhores práticas para a gestão do transporte público. Além disso, é um norte a ser buscado por toda a sociedade no sentido de tornar a vida urbana mais prática, viável e saudável.

Conclusão

Como vimos, a mobilidade urbana sustentável é uma forma de diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera e de melhorar a qualidade do ar nas cidades, mas também é uma forma de melhorar os processos logísticos de uma cidade como um todo.

Isso porque a mobilidade urbana sustentável prioriza métodos de transporte alternativos ou públicos, o que diminui o número de carros circulando nas cidades e, consequentemente, o número de engarrafamentos e congestionamentos.

Entretanto, implementar essas mudanças não é tarefa fácil, pois envolve grandes mudanças de infraestrutura e diversas questões legais, sem falar nos desafios políticos e culturais.

Contudo, mesmo com todos esses desafios, a implementação dessas mudanças vai ser necessária uma hora ou outra, pois chegará o momento em que as práticas atuais não vão ser mais sustentáveis do ponto de vista prático.

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Janice Rodrigues

Chief Marketing Officer (CMO) na Kangu

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